Obras do canteiro de obras da Ferrovia avançam em Jequié
Encontra-se em andamento, em Jequié, a construção do canteiro de obras do consórcio de empresas responsável pelo trecho 2 da FIOL (Ferrovia da Integração Oeste Leste), que compreende os municípios de Aiquara, Itagi, Jequié e Manoel Vitorino. O canteiro, que vem sendo instalado no KM 3, perímetro urbano da cidade, é um dos principais da Ferrovia que ligará Barreiras a cidade de Ilhéus, numa extensão de 1.527 quilômetros. Somente no traçado de Jequié, a obra está estimada em mais de R$ 650 milhões.A FIOL é uma obra de grande importância econômica e social.
Com a ferrovia, de imediato, Jequié começa a gerar empregos e criar oportunidades para empresas de vários segmentos. O aquecimento da economia local vem sendo observada já nessa fase de implantação dos canteiros de obras, com vários segmentos beneficiados como construção civil, alimentação, rede hoteleira, entre outros. E no futuro, a cidade terá um Pólo de Carregamento. Com a ferrovia Jequié ganhará uma nova dinâmica, com reflexos positivos em toda a região, uma vez que atrairá novos empreendimentos.Para o prefeito de Jequié, Luiz Amaral, a ferrovia será um divisor de águas. "Jequié vive um momento especial com a realização de grandes e importantes obras. A ferrovia é um marco formidável", comentou. Ele cita ainda outras obras que tem contribuindo e que contribuirá muito para a melhoria das condições de vida da população, a exemplo do IFBA (Instituto Federal da Bahia), que prepara jovens e adultos para o mercado de trabalho.
Outro investimento que merece destaque é a construção de mais de 4 mil novas moradias em vários pontos da cidade, oferecendo emprego, aquecendo a economia e dando moradia digna à população de baixo poder aquisitivo. Somente com o programa de habitação serão investidos recursos da ordem de R$ 200 milhões até 2013. Luiz Amaral lembrou ainda das obras estruturantes como a drenagem e o calçamento do bairro da Pedreira e de outras áreas da cidade, que juntas representam investimentos públicos de aproximadamente R$ 900 milhões. Afora isso, tem o trabalho da iniciativa privada, que aposta cada vez mais na potencialidade econômica de Jequié. Seguramente, nunca se investiu tanto em Jequié como agora.
Fonte: Assessoria de Imprensa da PMJ.
Fonte: Assessoria de Imprensa da PMJ.
Historia
A cidade se desenvolveu a partir de movimentada feira que atraía comerciantes de todos os cantos da região, no final do Século XIX. Pertenceu ao município de Maracás de 1860 a 1897. Jequié é originado da sesmaria do capitão-mor João Gonçalves da Costa, que sediava a Fazenda Borda da Mata. Esta mais tarde foi vendida a José de Sá Bittencourt, refugiado na Bahia após o fracasso da Inconfidência Mineira. Em 1789, com sua morte, a fazenda foi dividida entre os herdeiros em vários lotes. Um deles foi chamado Jequié e Barra de Jequié.Em pouco tempo, Jequié tornou-se distrito de Maracás, e dele se desmembrou, tendo como primeiro intendente (prefeito) Urbano Gondim.
A partir de 1910 é que se torna cidade e já se transforma em um dos maiores e mais ricos municípios baianos. Pelo curso navegável do Rio das Contas, pequenas embarcações desciam transportando hortifrutigranjeiros e outros produtos de subsistência. No povoado, os mascates iam de porta em porta vendendo toalhas, rendas, tecidos e outros artigos trazidos de cidades maiores. Tropeiros chegavam igualmente a Jequié carregando seus produtos em lombo de burro. O principal ponto de revenda das mercadorias de canoeiros, mascates e tropeiros deu origem à atual Praça Luis Viana, que tem esse nome devido a uma homenagem ao governador que emancipou a cidade.
Ali veio a desenvolver-se a primeira feira livre da cidade que, a partir de 1885, ganhou mais organização com a decisão de José Rotondano, José Niella e Carlos Marotta, comerciantes e líderes da comunidade italiana, de comprarem todo o excedente dos canoeiros e de outros produtores. Depois da terrível enchente de 1914, que destruiu quase tudo em Jequié, a feira, o comércio e a cidade passaram a desenvolver-se em direção às partes mais altas.
Em 1927, festejou a chegada da "Estrada de Ferro de Nazareth". Já nesse tempo, Jequié era uma das cidades mais importante do Estado e teve no comerciante Vicente Grillo seu grande benfeitor.
Importante episódio da história estadual foi a decisão inusitada tomada pelo então Presidente da Assembléia Legislativa do Estado, Aurélio Rodrigues Viana que, assumindo o governo em 1911, decretou a mudança da capital do estado, de Salvador para Jequié - ocasionando imediata reação do governo federal, que bombardeou Salvador e forçou a renúncia do político que adotara a medida.
Jamais tendo se constituído de fato, o gesto, entretanto, marcou a História da Bahia, como um dos mais tristes, sobretudo por ter o bombardeio da capital provocado o incêndio da biblioteca pública, onde estava guardada a maior parte dos documentoshistóricos de Salvador.